sábado, 29 de dezembro de 2007

Ano Novo

Que bom que o tempo foi dividido em meses, em anos!

Sábio foi quem iniciou o hábito de comemorar a passagem do ano velho para o ano novo, com festas, fogos, comes e bebes! O espírito humano precisa dessas injeções de ânimo tanto como o corpo precisa de ar e alimento!

O negócio não vai bem? Mas no ano que vem vai melhorar!

A saúde está "balançando"? No ano novo vai se firmar!

E haja romã e lentilha para comer à meia-noite... e a roupa da cor que representa o que você deseja para o ano - paz, amor, paixão, amizade... E se estiver na praia, três pulinhos nas ondas e flores pra Iemanjá!

E pouca gente pensa que a mudança mesmo deve ocorrer dentro de nós, só depende de nossas resoluções e da firmeza em pô-las em prática. Mesmo a sorte, que algumas pessoas teimam em culpar pelos insucessos, depende de nossa maneira de encarar a vida, de nossa capacidade de "ver" as oportunidades que estão ali, em nossa frente. E de nossa disposição de, ao vê-las, agarrá-las com unhas e dentes para que não escapem.

Mas, qual! Tem gente que espera sempre um milagre, algo mágico, que vem de fora, como os fogos de artifício que soltamos à meia-noite! Mas eles se apagam em seguida... Só a luz de nossa força de vontade, coragem e otimismo permanece acesa e nos mostra o caminho, nos impulsionando para frente!

domingo, 13 de maio de 2007

Sonho

Ah!... Que bom seria!
Se o caminho fosse só de rosa...
O sol brilhasse, mas sem nos queimar.
A noite fosse só para sonhar!...
As pessoas só se aproximassem para uma prosa!

E o frio só viesse pra quem tem cobertor...
A chuva, fresca, só no ponto certo...
O vento, só uma brisa entrando pela fresta,
Os queridos, em volta, sempre, só bem perto!

Nossos sentimentos, doces e suaves...
Nada de raiva, brigas, só serenidade e paz!
O pensamento, puro, sem nenhum entrave,
O mundo-paraíso só felicidade tráz!

Mas, será mesmo bom, ou seria monótono?
Tudo sempre igual, tudo à mão, sem lutar?!

Não, sem esfôrco, sem mexer um átomo,
Não teríamos vitória nem conquista, nada pra realizar!
Não haveria necessidade de compreensão,
Já que todo mundo era bom!

Não haveria disputanem competição...
A mulher, nem maquiagem, nem batom!

O trabalho gostoso, sem canseira...
O dinheiro não era tão dominador.
A vida era fácil, uma brincadeira,
Só prazer e a legria, nada de dor!

Mas, não sei se irira durar muito tempo...

Logo, logo, alguém irira inovar:
Uma rasteira, sío de brincadeira,
E o outro, com certeza, iria revidar,
Seria tão emocionante apreciar a briga,

Que, num instante, uma roda iria se formar!
E começaria rudo de do começo:
Os mais espertos cobrariam ingresso,
E as apostas: "Quem terá sucesso?!"

E a natureza, influenciada por esse movimento,
Se animaria também e sopraria um forte vento,
Que agitaria as nuvens que, batendo umas nas outras,
Produziriam raios e trovões e tempestades loucas!

Todo mundo correria pra casa!
E, ligando a televisão veria que no mundo todo,
A paz tão cobiçada estava detonada:
Guerras, atentados, assaltos, traições,
A raça humana voltava para o lôdo!

Estarei sendo muito drástica?!
Não sei, acho que a maldade está tão enraizada,
No ser humano, de forma tão bombástica,
Que aquele sonho da paz, tão desejada,
Só daqui a milênios poderá ser, talvez, alcançada!

By Azuen

sábado, 21 de abril de 2007

A Liberdade

Sempre me imagino como um cavalo branco correndo em campinas verdejantes, atravessando riachos cristalinos, a água estralando e levantando-se ao bater de meus cascos...
Cauda e crina fartas, longas, agitando-se desordenadamente ao meu galope, refletindo a luz do sol!...
E eu vou furando o espaço, competindo com o vento, indo sempre à frente, para lugar nenhum!
De olhos presos no horizonte, que corre também e não me deixa alcançá-lo! Mas não quero mesmo alcançar nada nem ninguém, só a imensidão que me acena de longe!

Isso é a liberdade...

Mas é um sonho impossível!
Até mesmo os cavalos brancos andam em manadas, ligados e dependendo uns dos outros, não sei se pela força das circunstâncias (os machos seguem as fêmeas) ou se pelo instinto de companheirismo. (Será que esse instinto não compromete a liberdade?...)
Ou será possível liberdade a dois?...
Para os humanos existe o amor, que conforta, magoa e aprisiona!

E adeus, liberdade!
By Azuen